O texto como for?a: o efeito metaf?rico no posf?cio "A leitura distra?da", de Bernardo Carvalho

From the studies of P?cheux (2009), we understand the metaphor as a socio-historical process that serves as the basis of presentation of objects to subjects. Therefore, our study starts from the metaphor The text as a force, laid down in the afterword titled A leitura distra?da ? written by Bernardo Carvalho ? in the book titled Ningu?m Nada Nunca, written by the Argentine writer Juan Jose Saer. We take this text as a discourse on reading and seek to understand from the theoretical and methodological perspective of Franco-Brazilian Discourse Analysis, anchored in the work of Michel P?cheux and Eni Orlandi, mainly, the effects of meaning that the work of criticism produces. Our central question is: What subject (s) and meaning (s) is constituted in this formulation? And that question has some consequences: (i) What about the notion of text and reading on literary texts constitute this formulation? What is the material basis, the historicity of the meanings about reading in this formulation? The cutouts made and analyzed, we understood that in the formulations of the subject of discourse, the text acts on the reader in the reading process. We can assert that the conditions of production are fundamental to understand the imaginary formations in this discourse. Therefore, we conclude that the afterword place, among other characteristics, presents the factor of being a posteriori as a constitutive feature, and so, symbolically represents a literary critical thinking that has an effective reader in its imaginary, and configures itself, as a discursive space in which readers can establish a dialogue.A partir dos estudos de P?cheux (2009), compreendemos a met?fora como processo s?ciohist?rico que serve como fundamento da apresenta??o de objetos para sujeitos. Por isso, nosso estudo parte da met?fora O texto como for?a, enunciada no posf?cio intitulado A leitura distra?da ? escrito por Bernardo Carvalho ? para o livro Ningu?m Nada Nunca do escritor argentino Juan Jose Saer. Tomamos o presente posf?cio como um discurso sobre leitura e buscamos compreender, na perspectiva te?rico-metodol?gica da An?lise de Discurso francobrasileira, ancorada nos trabalhos de Michel P?cheux e Eni Orlandi, principalmente, os efeitos de sentido que o trabalho da cr?tica liter?ria produz. Nossa pergunta central ?: Que sujeito(s) e sentido(s) se constitui na formula??o do posf?cio? E essa pergunta apresenta alguns desdobramentos: (i) Qual no??o sobre texto e sobre leitura de textos liter?rios se constitui nessa formula??o? Qual ? o car?ter material, a historicidade do(s) sentido(s) de leitura que est? formulado neste posf?cio? A partir dos recortes efetuados e analisados, compreendemos que nas formula??es do sujeito do discurso, o texto age sobre o leitor, no processo de leitura. Podemos afirmar que as condi??es de produ??o s?o fundamentais para compreendermos as forma??es imagin?rias em jogo nesse discurso. Por isso, chegamos ? conclus?o de que o lugar posf?cio, entre outras caracter?sticas, apresenta o fator de ser a posteriori como caracter?stica constitutiva, e por isso simbolicamente, representa um olhar da cr?tica liter?ria que tem um leitor efetivo no imagin?rio, e, configura-se, assim, como um espa?o discursivo no qual sujeitos-leitores podem estabelecer um di?logo